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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Lei Rouanet, Você sabia?

Por Natalia Maria

A Lei Federeal de Incentivo a Cultura, mais conhecida como
Lei Rouanet, foi instuída em 23 de dezembro de 1991, sendo basicamene uma lei de incentivo fiscal que permite o abatimento de até 100% do Imposto de Renda de acordo com os valores repassados aos projetos aprovados pelo Ministério da Cultura. É importante lembrar que essa dedução é feita desde que seja respeitado o percentual de até 4% do recolhimento mensal e anual das empresas que pagam o IR com base no lucro real.

Em entrevista para o blog o professor universitário e diretor do Teatro de Osasco, Ricardo Dias (foto) esclarece algumas duvidas que ainda permeiam sobre esta lei.

Teatro Satyros: Por que até 100% de abatimento fiscal? Quais as especificações? Existe uma porcentagem para cada projeto?
Ricardo Dias: Para projetos que se enquadram no artigo 18 da LR como artes cênicas, livros, músicas eruditas ou instrumental, artes visuais, doações para bibliotecas, museus e cienematecas, curta e média metragem, difusão audiovisual e patrimônio material e imaterial, em resumo artes integradas o abatimento é de 100%, já aqueles do artigo 26 que são as demais àreas culturais as porcentagens variam em 30% de isenção para patrocinio ou 40% para doação.

TR: Apenas empresas tem direito a esse incentivo fiscal?
RD: Não, pessoa física também pode, desde que sejam contribuites e assim declarem o IR todos os anos, e o percentual destinado é um pouco maior 6%, com abatimento de 60% para quem quer patrocinar e 80% para doar. A dificuldade maior quando falamos de Pessoa Física é a divulgação, no caso das empresas existem outras empresas especializadas em captação que apresentam os projetos, já para o cidadão comum a divulgação deveria ser feita pelo governo em forma de publicidade, assim como faz todos os anos quando chega a época de declarar, porém isso não acontece e muitos até amadores da cultura deixam de aportar por simplismente não saberem como fazer.

TR: Na sua teoria, porque o governo não divulga esse benefício?
RD: Porque ele não ganha dinheiro com isso. Apenas por isso.

Ricardo Aparecido Dias, professor no Centro Universitário Fieo.

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Bar a luz da lua


O grupo de teatro Satyros desde o final de março desse ano ‘invadiu’, literalmente, a Praça Roosevelt. De quarta-feira a sábado a praça se torna uma extensão da Cia teatral, são distribuídas mesas e cadeiras em toda praça para as pessoas petiscarem enquanto acompanham os eventos culturais que são apresentados a céu aberto.

Essa iniciativa dos Satyros tem dividido opiniões, há quem elogie a ideia e diga que o bar na praça traz vida ao local, além manter a limpeza dos canteiros e jardins. Mas há também um grupo que considera abusiva a ocupação da praça, já que ela é uma área pública, e ainda os que questionam a legalidade dessa atividade, que segundo a assessoria da Cia tem um alvará da Subprefeitura da Sé para ocupar o espaço da praça.

Já, a Subprefeitura informou ao jornal O Estado de São Paulo que, “o Satyros obteve um Termo de Autorização para colocar mesas e cadeiras, mas para a realização de apenas um evento, o Sarau Lusófono”.
Legal ou não, essa é aparentemente mais uma tentativa dos Satyros de afastar a criminalidade da região e também é um passo a frente na revitalização da Praça Roosevelt.

O bar a céu aberto na Praça Rooselvet inicia as atividades às 18h.

Simone Amorim

domingo, 9 de maio de 2010

SP Escola de Teatro, apresenta:

Por Natalia Maria

Encontros Notáveis
De 25 a 28 de maio, 15h às 17h os amantes da sociologia, cultura e arte, tem encontro marcado no Teatro Aliança Francesa, o projeto SP Escola de Teatro – Encontros Notáveis convida cinco personalidades, de diferentes áreas de atuação, para debater o tema O Ser Humano, a Arte e a Sociedade. Com mediação do jornalista e crítico Jefferson Del Rios, o fórum conta com a presença do diretor teatral Antunes Filho; da poeta Adélia Prado; da Monja Coen; do Cacique Timóteo Verá Popyguá e do Coordenador de Planejamento Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Casemiro Tércio Carvalho. O evento é gratuito e os convites devem ser retirados com uma hora de antecedência.

PROGRAMAÇÃO:

Dia 25 – Adélia Prado O Poder Humanizador da Arte. A capacidade que a experiência artística tem de tornar o ser humano melhor.

Dia 26 – Monja Coen Compaixão e Transformação do Mundo. Como a conscientização e a transformação individual, por meio da constância, podem transformar a realidade do mundo atual.

Dia 27 – Cacique Timóteo Verá Popyguá e Casemiro Tércio Carvalho O Meio Ambiente e o Cidadão do Futuro: O Cacique abordará aspectos relevantes da política socioambiental brasileira e como o descompasso entre o ritmo da natureza e o ritmo ambicioso dos seres humanos coloca em risco os recursos naturais do nosso planeta. Já Casemiro irá explanar como o padrão de consumo do individuo interfere na qualidade ambiental do coletivo.

Dia 28 – Antunes Filho O Ator e o Estereótipo. Os conceitos artísticos e filosóficos que permeiam o seu método de criação.


Teatro Aliança Francesa
Rua General Jardim, 182 – Centro – São Paulo/SP

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ancine, Você Sabia?

Por Natalia Maria

No próximo dia 13 de maio, a Ancine (lei de incentivo ao desenvolvimento da indústria cinematográfica), completa 8 anos que passou por mudanças, desde 2002 a lei promove aberturas para alguns filmes publicitários. Nos artigos abaixo, saiba quem e como pode apoiar os projetos:

Artigo 1º - Pessoas Físicas ou Jurídicas possam abater 100% dos recursos despendidos na compra de Certificados de Investimentos (SI) representativos dos direitos de comercialização de obras cinematográficas de produção independente, com abatimento de 3% do IR devido para PJ e 6% para pessoa física.
A PJ que recolhe o imposto de renda com base no lucro real poderá, também, abater o total dos investimentos como despesa operacional. A dedução será efetuada nos pagamentos mensais calculados por estimativa, no apurado trimestralmente ou no saldo da declaração de ajuste anual.

Artigo 1º A - Tanto pessoas físicas quanto jurídicas possam deduzir quantias referentes ao patrocínio de produção de obras cinematográficas independente do IR devido, desde que estes valores não ultrapassem 4% do imposto de renda, no caso de PJ, durante o período de apuração, e 6% no caso de PF, conforme o calendário da declaração de ajuste anual.

Na prática: A Pessoa Jurídica pode destinar até 3% do imposto de renda
devido ao Governo Federal para projetos dentro da ANCINE.


Artigo 3º (para remanejamento dos art. 1º e 1º A) - Empresa estrangeira, contribuindo do IR pago sobre o crédito ou remessa de rendimentos decorrentes da exploração de obras audiovisuais no mercado brasileiro, abata 70% do IR devido pelo investimento em co-produção de obras cinematográficas brasileiras de longa-metragem independente. As empresas que optarem pela utilização deste benefício ficam isentas do pagamento da Contribuição para o Governo.

Na prática: A Pessoa Jurídica pode destinar até 4% do imposto de renda devido ao Governo Federal para projetos dentro da ANCINE.




Ouviu falar de um filme? Viu alguma filmagem? Assistiu o trailer e quer saber se ele foi apoiado pela ANCINE acesse: http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiovisuais/ConsultaProjetosAudiovisuais.do?method=init(encontrará alguns campos, mas basta digitar o nome do projeto/filme).

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sábado, 1 de maio de 2010

Hipóteses para o Amor e a Verdade

Por Natalia Maria

Vai começar o espetáculo. Pedimos que NÃO desliguem os seus celulares.


Atenção, senhores espectadores: pedimos a gentileza de deixar seus telefones celulares ligados durante o espetáculo. Caso eles toquem, por favor, atendam sem constrangimento. Entre as dezenas de peças em cartaz na Cidade, a única em que o público ouvirá um alerta como este acima é Hipóteses para o Amor e a Verdade, o novo trabalho do grupo Satyros, que entrou em cartaz no dia do trabalhador.

O espetáculo procura radiografar o comportamento humano diante da invasão tecnológica e, por isso mesmo, o incômodo ruído dos celulares não será apenas bem-vindo, mas incorporado imediatamente à encenação. Hipóteses para o Amor e a Verdade, teva a dramaturgia criada a partir de depoimentos dados por moradores ou trabalhadores do centro da Cidade.

FICHA TÉCNICA
Sinopse: Humanos, reais e virtuais, vivendo na megalópole do hemisfério sul, buscam quebrar os muros de suas solidões através do amor, real ou virtual.
Texto: Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez.
Direção: Rodolfo García Vázquez.
Assistente de direção: Fábio Penna.
Cenário e Figurino: Marcelo Maffei.
Iluminação: Rodolfo García Vázquez e Fábio Cabral.
Elenco: Esther Antunes, Leo Moreira, Luiza Gottschalk, Marcelo Szykman, Paulinho Faria, Phedra De Córdoba, Tânia Granussi e Tiago Leal.
Realização: Os Satyros.
Direção de produção: Erika Barbosa.
Quando: Sexta, sábado e domingo, 21h30.
Onde: Espaço dos Satyros Um – Praça Franklin Roosevelt, 214.
Quanto: R$ 10 (inteira) R$ 5,00 (Estudantes, Classe Artística, Terceira Idade, Oficineiros dos Satyros e moradores da Praça Roosevelt).
Lotação: 70 lugares.
Duração: 90 min.
Classificação: 18 anos.
Temporada: 1 de maio até 20 de junho.

Publicação baseada na matéria de Sérgio Róveri, caderno D Cultura, Diário do Comércio, 30 de abril de 2010.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Cidadania Cultural em São Paulo, PÓLIS

Por Natalia Maria

A revista nº 28 do Instituto Pólis - Cidadania Cultural de São Paulo 1989-1992 - Leituras de uma política publica. Traz em seu conteúdo uma analise do trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo no período de 1989-1992, a chamada gestão Marilena Chauí, durante o mandato da prefeita Luiza Erundina.

Em miudas podemos afirmar que o trabalho da Secretaria contribuiu não só como um projeto conceitual, mas também concretizou e desenvolveu ações que qualificam esta Gestão como matriz de uma nova proposta cultural a partir do poder público.
É necessário registrar que não trata-se de avaliação de uma Gestão Pública de Cultura, mas reflexões polifônicas de atores que viveram direta ou indiretamente a efervescência cultural daquele momento.

É isso, esse livro compõe a bibliografia do nosso trabalho de conclusão de curso, com o tema Os Satyros, uma luta pela livre cultura. A gestão Marilena Chauí condiz com o período de nascimento e posicionamento da Cia. de Teatro Os Satyros em São Paulo, e mostra como as revoluções ajudaram e prejudicaram a Cia.

Para quem quer adiquirir esta ou outras apostilas contatos:
PÓLIS - Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais
Rua Araújo, 124 - Centro - São Paulo - 01220-020
(11) 2174-6800
http://www.polis.org.br/




FAR, Hamilton e SOUZA, Valmir de (Organizadores)
Cidadania Cultural. Leituras de uma política pública.
São Paulo, Pólis, 1997. 120p.
(Publicações Pólis, 28)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dica de Leitura

A Cia de Teatro Os Satyros teve os primeiros 18 anos de sua tragetória registrados no livro "Os Satyros: Um palco visceral" , que traz de forma linear todos os principais acontecimentos do grupo.

A infância dos fundadores, Ivam Cabral e Rodolfo Garcia Vázquez, a forma como se conheceram e se envolveram com o teatro, as dificuldades e conquistas, e a história de cada lugar no Brasil e no exterior por onde a companhia passou estão registradas na obra que faz parte da Coleção Aplauso, que tem mais 60 títulos que narram por depoimentos e entrevistas a vivência de atores e diretores de televisão, teatro e cimena.

"Os Satyros: Um palco visceral" de Alberto Guzikum foi publicado em 2006 pela Imprensa Oficial. A inclusão dos Satyros na coleção é mais um reconhecimento da importância do grupo no cenário teatral.

Para conhecer um pouco mais do universo dos Satyros, leia também "O Teatro de Ivam Cabral: Quatro Textos para um Teatro Veloz" da mesma coleção, que reúne as obras Faz De Conta Que Tem Sol Lá Fora, Os Cantos de Maldoror, De Profundis e A Herança do Teatro.



Simone Amorim





quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ivam Cabral, quem é ele?

Por Natalia Maria

Ator, dramaturgo e compositor, Ivam Cabral, 47, nasceu em Ribeirão Claro, interior do Paraná. Na capital formou-se em Artes Cênicas pela PUC. Em 1989, já em São Paulo, conheceu Rodolfo García Vázquez, com quem fundou a Cia. de Teatro Os Satyros. Primeiro ator da companhia, impôs-se como intérprete em trabalhos como A Filosofia na Alcova, "Killer Disney", "Os Cantos de Maldoror", "Kaspar", "De Profundis", "Transex", "A Vida na Praça Roosevelt", entre outros.

Criou eventos marcantes, como as Satyrianas, projeto anual que durante 78 horas ininterruptas agrupa espetáculos, debates, shows, palestras, performances. Ivam Cabral é mestre em teatro pela Escola de Comunicações e Artes da USP, com tese sobre o "teatro veloz", metodologia de trabalho desenvolvida pelos Satyros. Atualmente dá aulas na SP Escola de Teatro e mantém, desde 1997, na rádio Paraná Educativa, de Curitiba, o programa “Os Cantos de Portugal”, sobre música e poesia portuguesas.

Como dramaturgo, é autor de obras como "Sappho de Lesbos", "De Profundis", "A Herança do Teatro". Em 2006 lançou pela Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, o livro "O Teatro de Ivam Cabral - Quatro Textos para um Teatro Veloz".

Também compositor, foi gravado por grandes nomes da música brasileira, como Zeca Baleiro, Alaíde Costa, Gero Camilo e Vanessa Bumagny, entre outros.

A experiência na fundação e sobrevivência da Cia, tornou Ivam Cabral conhecer das politicas públicas, tema pelo qual tem sido convidado para debater em eventos nacionais e internacionais.


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terça-feira, 20 de abril de 2010

Rodolfo Garcia Vázquez, quem é ele?

Por Natalia Maria

Diretor e dramaturgo, Rodolfo Garcia Vazquéz, 48, paulistano, formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, é pós-graduado em Sociologia da Arte pela USP. Iniciou-se no teatro pela Escola de Teatro Macunaíma, em São Paulo, em 1985. Quatro anos depois fundou a Cia. de Teatro Os Satyros, com Ivam Cabral.

Em 1992, transfere-se para Portugal com sua companhia. Desenvolve, então, um método de trabalho para Os Satyros definido como o Teatro Veloz, criado a partir de estudos sobre a questão da pós-modernidade e dos processos de trabalho de Stanislavski. O sucesso na área teatral rendeu indicações para premiações nacionais e internacionais. Em 2005 recebeu o prêmio Shell de melhor diretor por A Vida na Praça Roosevelt, de Dea Loher


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